terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um cardiotônico e o câncer da próstata


HÁ MAIS DE cem anos, um remédio derivado de uma planta teve seus dias de glória no tratamento da hidropsia, retenção de líquidos pelo organismo que provocava inchaço no corpo e nas pernas.
Naqueles tempos, charlatães ofereciam a garrafada de "Digitalis lanata" aos doentes edemaciados que médicos cuidadosos evitavam prescrever. O excesso na ingestão do líquido intoxicava o paciente e desencadeava náuseas, vômitos e arritmia cardíaca, além de poder provocar a morte do paciente.
Tempos depois, foi descoberto o princípio ativo da planta e a indústria farmacêutica obteve a síntese química da digoxina, o que tornou possível controlar sua dosagem e efeitos colaterais.
Por longos anos, foi um dos principais cardiotônicos em uso na cardiologia e ainda hoje, quando adequada, tem sua indicação.
De forma inusitada, um estudo publicado na revista "Cancer Discovery" deste mês sugere nova indicação para a antiga e bem conhecida digoxina. Desta vez, no câncer da próstata.
Elizabeth A. Platz e colaboradores da Universidade Johns Hopkins, EUA, observaram que o seu uso em pacientes cardíacos foi associado a um risco 25% menor de desenvolvimento de câncer prostático.
Cerca de 47 mil homens entre 40 e 75 anos participaram do estudo e 5.002 casos de câncer da próstata foram diagnosticados no período de 1986 a 2006.
Pela análise estatística empregada, somente 2% deles tomavam digoxina. Eles apresentaram 24% menos risco de desenvolver câncer da próstata em relação ao total de homens acompanhados durante 20 anos.
Aqueles que foram tratados com digoxina por mais de dez anos apresentaram metade do risco de desenvolver câncer prostático em relação aos que não utilizaram o medicamento.

Fonte: Folha de São Paulo

NOSSOS COMENTÁRIOS :
De acordo com estudos a digoxina quando utilizada por muito tempo pode ser um dos fatores que pré-dispõe o câncer de prostata , devemos usar medicamentos somente quando for realmente necessário e com o auxilio do médico juntamente com a atenção do farmaceutico, assim dessa forma, talvez não correriamos o risco de desenvolver estas doenças.

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